segunda-feira, 20 de setembro de 2010

ATIVIDADE 7 E 8

UNIDADE 7 - MORFOLOGIA
lapis
Objetos de Aprendizagem
Ao final desta unidade o aluno deverá:

·         Compreender a estrutura e a formação das palavras.

Leia o trecho do jornalista Augusto Nunes para responder às questões de 1, 2 e 3.

cpoNo Brasil, o que é histórico costuma desmanchar-se nas chamas da indiferença, do desamor ao passado, do menosprezo pelo antigo. O casarão de Ouro Preto consumido pelo fogo deveria ficar como está: os destroços ergueram um monumento à nação dos desmemoriados. Num país velhaco, o velho e a velharia vivem a curtíssima distância: retoque-se a última vogal e se acrescente um trio de letras. Vale para gente, prédios, cidades.
Origem da imagem: www.sandrasantos.com/
Nunes, Augusto. Uma nação de desmemoriados.
Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 20 abr. 2003.
(Fragmento).

1.      Considerando o que você aprendeu sobre as palavras cognatas, identifique, no texto, uma passagem em que o autor faz uso de termos formados a partir de um mesmo radical.
Num país velhaco, o velho e a velharia vivem a curtíssima distância: retoque-se a última vogal e se acrescente um trio de letras. Vale para gente, prédios, cidades.

2.      Identifique o radical a partir do qual foram formadas as palavras cognatas e diga qual é o sentido de cada uma das palavras resultantes desse processo.
Radical: Velh
Velho: 1. Muito idoso, De época remota, Que tem muito tempo de existência,  Gasto pelo uso, Que há muito possui certa qualidade ou exerce certa profição, empregado ou usado há muito, Homem idoso.
Velhaco: Pessoa trapaceira, enrolona, enganadora, mau pagadoras de dívidas, etc.
Velharia: Tudo o que é próprio de pessoa idosa.
Pej. Objeto velho de pouco valor; traste, Uso ou costume antigo, ultrapassado, Termo obsoleto.
3.      Agora, forme outras palavras a partir do mesmo radical.
Velhaças, velhote, velhusco e velhustro.
4.      Quantas palavras você consegue formar a partir dos seguintes radicais? (Use todos o processos possíveis)
a) Nação – indignação, imaginação,
b) ação -  administração, coordenação, superação,
c) cria – criação, criatura, criador, criatório, criacionista.
d) água – aguaraz, aguardente.
 


UNIDADE 8 - MODALIDADE DO DISCURSO CIENTÍFICO
lapis
Objetos de Aprendizagem
Ao final desta unidade o aluno deverá:

·         Reconhecer as características das principais modalidades do discurso científico.
1.    Apresentar o esboço de um RELATÓRIO sobre algum ‘trabalho disciplinar acadêmico’, de cunho científico, que você tenha participado.




2.    Escreva um RESUMO, fixando-se aos detalhamentos estruturais expostos no ‘Guia de Estudo’, tendo como ponto de apoio o texto apresentado na unidade 1 - “Feios, porém Lindos”.

FEIOS, PORÉM LINDOS
 “As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”. Era um poeta maravilhoso, esse Vinicius de Moraes, mas deixou imortalizada uma frase que jamais sairia da boca de uma mulher. Aos feios, as mulheres dão boas vindas, desde que por trás do olho que não é azul e do corpo que não é atlético haja bom humor, inteligência e sex appeal.
Nunca veremos Brad Pitt e George Clooney namorando feinhas, mas já vimos Julia Roberts casar com Lyle Lovatt, um músico que tinha o rosto decorados com crateras, e a estonteante Sharon Stone desfilar com baixinhos barrigudos até contrair matrimônio com um senhor que mais parece um boneco de cêra. Há quem defenda a idéia de que mulheres casam com qualquer um, desde que tenha poder ou dinheiro. Poucas. Não foi o caso de Julia Roberts nem o de Sharon Stone, ricas e poderosas por si só, e também não é o caso de muitas Lucias, Andreas, Cristinas, Danielas, Fernandas e Jussaras anônimas. Mulheres preferem ser amadas do que invejadas.
Essa história de beleza tem a ver com atração, que tem a ver com “a primeira impressão é a que fica”, que tem a ver com inícios de relações. Se a garota for um canhão, as chances de conquistar um deus são quase zero (é uma generalização, toda regra tem exceções). Já se o garoto for feio, porém espirituoso, talentoso e auto-confiante, pode descolar o número do telefone da Marisa Monte. Lembrem-se que ela já namorou o Nando Reis, dos Titãs. Alguma coisa ele tem de lindo.
Mick Jagger é raquítico e branquela. Gerald Thomas é raquítico, branquela e usa óculos. Woody Allen é raquítico, branquela, usa óculos e está quase careca. Apesar desse quadro de horror, sei de muita mulher que não os expulsariam da sua cama. Será que elas nunca ouviram falar em Mel Gibson, Antonio Banderas, Pedro Bial? Elas nunca ouviram falar é que beleza garanta o conteúdo.
Mulher tem faro, não se contenta com a embalagem. É bem mais comum ver uma mulher linda acompanhada de um homem aparentemente sem graça do que o contrário. Não é (só) porque a concorrência é implacável e nos contentamos com o que sobra. É porque mulher tem raio-x: consegue olhar o que se esconde lá dentro. Se além de um belo coração e um cérebro em atividade ele ainda for apetecível, é lucro. Pena que a recíproca raramente seja verdadeira. Economizaríamos fortunas em cabeleireiros e academias se os homens fossem direto ao que interessa, na alma e no espírito, para os quais não adianta maquiagem.”
Martha Medeiros


EXEMPLO DE RESUMO:

Faça o seu resumo.

3.    Elabore uma RESENHA de um livro, de um filme ou de uma exposição cultural.
Será muito importante que a sua resenha traga as seguintes informações:
a)     Referências Bibliográficas (seguir as normas da ABNT)
b)     Apresentação do texto
·         Qual é o texto/filme/exposição? Quem é o autor? Com que propósito foi escrito/filmado/montada? Que tipo de texto/filme/exposição é esse/a? Para que leitor/espectador foi escrito?
c)     Resumo
·         Uma exposição sucinta das ideias que você considera serem as mais relevantes do texto.
d)     Crítica
·         O autor atingiu seus objetivos? Quais sim, como ou por quê? Quais não, como ou por quê? Análise tanto da forma quanto do significado.
e)     Conselhos para o leitor
·         Quem deve ler/assistir/visitar? Quem não deve ler/assistir/visitar? Por quê?

MODELO DE RESENHA CRITICA

CONRACK E A PEDAGOGIA DO HERÓI

André A Gazola

O objetivo deste trabalho é analisar as ações pedagógicas, sociais e culturais no filme Conrack, produzido em 1974 com direção de Martin Ritt. A análise será feita com foco em três personagens principais, que são: Pat Conroy (o professor, representado por Jon Voight), Sra. Scott (a diretora, representada por Madge Sinclair) e Sr. Skeffington (o superintendente, representado por Hume Cronyn). Além disso, também será feita uma abordagem em relação aos alunos da escola.

Pat Conray é um professor branco que passou boa parte de sua vida como racista. Tem a oportunidade de redimir-se, ensinando crianças negras em uma ilha em que essa raça é a predominante. Em sua primeira aula, depara-se com alunos que não sabem absolutamente nada, que desenvolveram sua própria linguagem e cujos recursos pedagógicos utilizados até então eram baseados em castigos físicos e psicológicos:

Sete de meus alunos não conhecem o alfabeto, três crianças não sabem escrever o nome, dezoito crianças não sabem que estamos em guerra no sudeste da Ásia. Nunca ouviram falar em Ásia. Uma criança pensa que a terra é chata e dezoito concordam com ela. Cinco crianças não sabem a data do nascimento. Quatro não sabem contar até dez, os quatro mais velhos pensam que a guerra civil foi entre os alemães e japoneses. Nenhum deles sabe quem foi George Washington ou Sidney Poitier, nenhum, jamais foi ao cinema, nem subiu no morro, nem andou de ônibus, esses meninos não sabem de nada.

Dessa forma, Conroy desenvolve sua prática de ensino “revolucionária”, focando-se nas necessidades dos alunos, interpretadas por ele como a falta de oportunidades de participarem da cultura branca americana. Apesar de todo o esforço do professor, a pedagogia que ele desenvolve parte do ponto de vista branco, pois era um branco numa ilha da Carolina do Sul, ensinando cultura branca aos seus alunos. Contudo, os tempos e espaços foram, sem dúvida, diferentes daqueles vivenciados sob a tutela da diretora negra, que, embora representasse o mesmo grupo de representação dos alunos e alunas como pertencente à mesma raça e, com os quais dividia o mesmo espaço cultural, fora colonizada pela cultura branca, e investida de um lugar de representação na comunidade branca, agia com seus alunos a partir desta política cultural, onde o negro precisava ser duro e saber enfrentar a vida como um ser inferior.

Segundo Fabris (2001):

Outras experiências foram oportunizadas por Pat Conroy em outros espaços pedagógicos além dos escolares, ampliando assim o conceito de pedagogia. Quando ensinava na praia, na floresta, no chão da escola, na festa de Halloween, na viagem de barco, nas ruas de Beaufort, esse professor fazia deslocamentos no tempo e espaço, e sua tentativa era de inclusão dessas crianças na vida americana. Quando leva seus alunos e alunas a participar da festa de Halloween, ensina a nadar, convive com os habitantes da ilha e ensina a seus alunos e alunas a convivência na ilha, Pat Conroy produz deslocamentos de tempos e espaços escolares. A pedagogia do herói se caracteriza por esse desbravamento, por essa conquista de novos lugares, desse ultrapassar fronteiras, dessa luta e competição.

A autora então, afirma que “Parece que Hollywood nos mostra com sua pedagogia do herói que boas aulas só podem se dar nos espaços fora da escola”. Sem dúvida o sistema deve ser enfrentado, e um professor como Conroy é algo louvável, mas não seria um tanto utópico? O sistema nos mostra isso, até mesmo nesses filmes que idealizam professores heróis. Em Conrack, o sistema é representado pelo superintendente Skeffington que, diferentemente da diretora, não é um simples alvo da colonização branca, mas é um branco impregnado pelo racismo e autoritarismo no sistema escolar: “Este é o meu latifúndio!”, diz ele em uma cena do filme. E o sistema vence no final. Conroy é demitido e, por mais que seus esforços tenham sido extremamente produtivos e gratificantes, o próximo professor, quem sabe, não terá a mesma força de disposição que Conroy teve ao lidar com aqueles alunos que tanto precisavam da atenção que lhes foi dada.
Por isso, o mais importante é exatamente o resultado obtido com os alunos. Não importando o quanto utópico ele possa ser. O filme nos mostra dezenas e caminhos a seguir na prática docente, sem haver a exigência de uma prática totalmente igual e, TALVEZ, inatingível.


REFERÊNCIAS

FABRIS, Elí Terezinha Henn . As marcas culturais da Pedagogia do herói. In: 24ª ReuniãoAnual da Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd): intelectuais, conhecimento e espaço público, 2001, Caxambu (MG). 24ª Reunião Anual da Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd): intelectuais, conhecimento e espaço público.

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